Qual a cara da desilusão? E o cheiro da decepção? Bem... Eu não sei. A única coisa sobre mim que eu não sabia, era que eu nao estava bem... Estava péssima! Resumida! Por fim acabada...
Sai da maloca a passos lentos e pesados. A aldeia estava viva e vibrante como sempre foi, mas apesar das cores, eu só enxergava o preto e o branco. Via e sentia as pessoas passando por mim, as vezes me chamando e eu as ignorava ... Estava inerte a tudo aquilo.
" por que eu sou assim? " pensava enquanto seguia cabisbaixa. " por que para as outras pessoas é tão fácil, mas pra mim... - parei por um segundo engolindo o choro - pra mim é tão difícil..."
- Que merda! - xinguei alto.
Nem me importei se alguem havia ouvido. Não me importava com mais nada... NADA!
Fui bem devagar ate chegar ao leito do rio. Aquela manhã estava calma e o rio parecia-se comigo. Morto! Sentei-me na prainha, deixei que meus pés descalços tocasse a agua, para quem sabe, me fazer sentir melhor... Mas nada! Os minutos se passavam e eu estava ali, do mesmo jeito. Perdi a conta de quantas pedrinhas joguei no rio descontando minha indignação.
- Natasha... - me chamou uma voz. Era Saíra.
Olhei para trás querendo sinceramente sentir o que senti quando a vi na outra dimensão, mas fui apunhalada por mim mesma. Olhei praquele rosto jovial e quis torcer seu pescoço. A raiva que eu senti foi o pior sentimento até aquele momento. Me levantei e corri me embrenhando na mata densa da floresta. Tive que fugir ou ia descontar minha fúria em Saíra que não tinha nada a ver com meus erros. E ela ficou lá... Me olhando com aqueles olhos profundos e escuros.
Corri desenfreada mata a dentro, o barulho dos meus pés esmagando as folhas secas não era o suficiente para abafar meu peito arfante. Eu corria prestes a explodir. Estava sem rumo, sem direção...
"Filha, equilibre sua mente " disse uma voz em minha mente. Eu estava tão descontrolada que não dei ouvidos.
" Filha, não se entregue dessa forma, vocês estão sobre forte pressão energética, e os testes estão para serem vencidos..."
- Cala a boca... CALA A BOCA!!!!! - Urrei a todo pulmão me apoiando em uma arvore. Meu corpo deslizou e tocou o chão.
... continua.
M. L
A alguns anos encontrei uma criatura meio mítica. Uma índia. Até hoje eu não sei qual a sua idade, mas seu olhar secular camufla em sua pele de menina muita experiencia. Eu resolvi nomeá-la de Natasha, não sei o por que, mas foi o primeiro nome que me veio a cabeça assim que ela me deu seu nome. Esse diário será escrito aos poucos, com narrativa da própria pessoa ajudada por mim no intuito de se fazer mais fácil de entender. Espero que gostem e acompanhem... M. Lob
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